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Alejandro Sanz divulga “La Música No Se Toca” no Brasil

De passagem pelo Brasil, o cantor espanhol reservou um tempo em são Paulo para responder algumas questões sobre seu novo álbum, sua relação com os fãs brasileiros e seu sucesso internacional sem nunca ter criado músicas em outras línguas, além da sua. “La Música No Se Toca” é seu nono disco de estúdio e o primeiro que lança pela Universal Music.

 Na edição brasileira, Alejandro Sanz assinou faixas em parceria com Ana Carolina, Ivete Sangalo, e Roberta Sá, das quais se expressou muito bem: “Estou apaixonado por cada uma delas”, revela, “A Ivete Sangalo tem aquele carisma que vocês brasileiros conhecem bem, a Ana Carolina tem aquela voz incrível de lua cheia, e Roberta Sá é doce e uma harmonia incomparável em sua música”.

 Apesar de estar sempre aberto a novas parcerias brasileiras, confessa que gostaria de poder em cantar em português, mas descarta a possibilidade devido ao seu sotaque pesado. Trabalhando pela primeira vez com o produtor Julio Reyes, requisitado por artistas como Nelly Furtado, Marc Anthony e Jennifer Lopez, o cantor contou que a primeira semana de produção se baseou em alternar copos de vinho, água, conversas para definir o que poderiam criar juntos e só depois partiram para os instrumentos.

 Explicando sobre a faixa principal que dá nome ao álbum, o espanhol diz que o resultado foi uma letra poética que trata sobre sua relação com a música. “Não importa o que aconteça com o mundo, a música sempre permanece, tem um poder incomparável”, revela o cantor. Ainda sobre a criação de suas letras românticas, ele acrescenta: “Ao fazer música, coisas incríveis acontecem, como pequenas homenagens, coisas mágicas. 

O artista está sempre procurando a canção mais bela do mundo, e pra isso qualquer artimanha vale”. Uma das músicas do álbum, “Yo Te Traigo…20 Años", é a segunda parte de “Tu Letra Podré Acariciar”, escrita há duas décadas em agradecimento aos seus fãs. Entrando nesse assunto, Sanz se diz eternamente grato por ser tão amado no Brasil, já que é o único país da América Latina que não é hispanohablante. 

“O importante é a mentalidade, se a gente for com a ideia de que você não será aceitado em algum lugar, as coisas não acontecem. Ana Carolina, por exemplo, seria muito bem recebida em Espanha, então porque não levar música diferente pra cada canto do mundo? Ficaria muito mais colorido (risos)!”. Shows no Brasil? "Acredito que em março, mas devo vir antes disso, já que a Ivete me chamou pra cantar com ela no carnaval!", brinca. Ao ser questionado sobre o que ouve em casa, o cantor ouve algumas coisas brasileiras, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Djavan, mas se considera um apaixonado por rock: Led Zeppelin, Judas Priest, AC/DC, e Eddie Van Halen. Inclusive comenta que a sua guitarrista, uma apaixonada por Van Halen, foi a que trouxe a pegada de rock que ele estava precisando.

 Falta alguma coisa pro cantor? Depois de uma pequena pausa pra pensar, ele responde muito determinado: “Fazer a música mais bela do mundo. A gente não pode parar, eu quero seguir caminhando e poder sempre dividir o palco com quem tenha algo para dizer. Quem sou eu pra negar uma palavra a alguém?”. 

 Postado Por Iran Silva